sexta-feira, 26 de junho de 2020

Sonho.

Fotografia minha. Painel de Azulejos na Igreja Madre de Deus, Lisboa.
Objectivo: Estar no meio do nada simplesmente comigo e um livro, ou vários!
Resultado: Sonho!


BOM FIM DE SEMANA!


quarta-feira, 24 de junho de 2020

Viajar no tempo I

Fotografia minha. Fachada frontal do Mosteiro dos Jerónimos.

 O Mosteiro dos Jerônimos em Lisboa é o maior exemplar arquitetónico do estilo manuelino, tendo o nome origem em Manuel I, responsável pela expansão marítima mundial iniciada no século XV. Como forma de perpetuar a glória do reinado, o monarca  construiu uma igreja e um mosteiro como forma de representar a glorificação dos acontecimentos.


O local escolhido ficava localizado à entrada de Lisboa, nas margens do Rio Tejo. De lá os navios partiam para desbravar o Novo Mundo e as novas rotas, mais especificamente na freguesia de Belém em Lisboa. A exacta localização é onde anteriormente se situava a Igreja de Santa Maria de Belém, bastante frequentada por navegadores antes de embarcarem nas caravelas.

Fotografia minha. Claustros do Mosteiro dos Jerónimos.
 Também aqui os nossos marinheiros se podiam confessar antes de partirem, usando uma parte dos claustros onde foram construídos confessionários.

Imagem retirada da net. Porta de entrada do confessionário.
Estas portas, relativamente pequenas quando comparadas com outras, dispõem-se ao longo de um dos quadrantes dos claustros, conforme se pode ver na fotografia anterior a esta. O seu interior é austero,  composto somente por uma janela com grades quase ao nível do chão. 

Fotografia minha. Janela gradeada interior ao confessionário.

Quando lá entrei, percebi que para lá das grades o ambiente é escuro e, para mim, tenebroso, e que se fechasse a porta de  entrada, a divisão ficaria na penumbra total. O ambiente adequado para a confissão. Embora sendo católica por baptismo, não me considero como tal, logo,este acto, não me faz sentido. Contudo, pensando melhor, se nos situarmos no tempo dos descobrimentos, estes homens, sabendo que iriam embarcar numa "casca de noz" e que as probabilidades de regressarem eram poucas, este devia ser um dos momentos mais importantes.

Tem mil anos uma história
De viver a navegar
Há mil anos de memórias a contar
Ai, cidade á beira-mar
Azul
(...)





sexta-feira, 19 de junho de 2020

No seguimento do tempo...

Imagem retirada da net

"Tempo livre não significa repouso. O repouso, como o sono, é obrigatório. O verdadeiro tempo livre é apenas a liberdade de fazermos o que queremos, mas não de permanecermos no ócio."

Bernard Shaw

Esta citação faz-me todo o sentido.

Eu que queria ler, escrever, estudar, pensar, observar, divagar,  e outras coisas do género, continuo a usufruir do tempo para fazer o que não quero, ou não me apetece. Ele, escorre-me como água pelas mãos. A esperança está em encontrar esse lapso de tempo, em que me será permitido desfrutar do que mais gosto e sempre gostei. Ainda hoje, é com saudade que recordo a maioria dos  dias de férias, enquanto adolescente. Em casa, sozinha, ouvia música, desenhava, pintava e lia tardes inteiras, ao ponto de anoitecer e só dar por tal quando começava  a ter dificuldade em ver as letras. À noite, voltava à leitura e seguia, quantas vezes, até acabar o livro.
À medida que a vida foi seguindo o seu caminho, deixei de poder seguir a linha normal para mim. Os apelos surgem de todos os lados e, quando finalmente, penso que poderei  usufruir desses poucos minutos, já a hora avançou e, há o dia seguinte com mais apelos e obrigações. Lembro-me de alguém que me disse que não havia nada nem ninguém que me desse um dia com mais de 24 horas.
É verdade, mas gostava que não fosse!


BOM FIM DE SEMANA!


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Déjà - vu.

 Mosteiro dos Jerónimos. Belém. Lisboa.
Esta é a 'minha' Lisboa - Belém. A da minha infância, das minhas brincadeiras e dos meu sonhos. Passeios largos. Espaços amplos, assinalados pela imponência do Mosteiro dos Jerónimos e pela implantação desta maravilhosa fonte luminosa, no centro do Jardim da Praça do Império.

Jardim da Praça do Império. Belém.Lisboa
 Mais bela ainda à noite, com a projecção de cor, que contrasta com o céu escuro, e a luz difusa proveniente da iluminação do monumento. Algo que ainda hoje, passados tantos anos, me prende a atenção ao ponto de só a custo desviar o olhar.

Pormenor do Mosteiro dos Jerónimos. 
  Estas fotografias foram tiradas por mim este fim de semana, quando, pela primeira vez, em muitos anos, pude usufruir do espaço, sem tropeçar numa panóplia de gente em massa, filas astronómicas para entrar em qualquer lugar, e, finalmente, poder ver as ruas sem autocarros perfilados, qual linha de montagem.

A parte racional diz-me que este local precisa de turistas a percorre-lo, pelas mais variadas razões. Mas a parte emocional sobrepõe-se, porque olhar para este espaço e percepcioná-lo desta forma, é um déjà-vu perfeito.


BOA SEMANA!!


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Água e piano.


Jeux d'eau, de Maurice Ravel, é uma peça para piano, inspirada no barulho da água e nos sons musicais que, pretensamente, se  fazem ouvir nos jatos de água, nas cascatas e nos riachos. Aqui interpretada por uma  Martha Argerich muito novinha.

Fotografia minha. Parque dos Poetas. Oeiras.

BOM FIM DE SEMANA!

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Não gostava, não gostava e agora?

Fotografia minha. Luís de Camões. Museu Militar.
Luís Vaz de Camões (1524-1580)  nasceu e morreu em Lisboa. 


Poeta português, autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. 

Fotografia minha. Quadro a óleo. Museu da Marinha.

Fotografia minha. Excerto de Os Lusíadas. Museu da Marinha.
A última fotografia, uma estrofe dos Lusíadas, pretende ser a legenda do quadro acima.


E quem me havia de dizer que iria gostar desta temática, quando, na altura em que a estudei, detestei. Nunca digas, nunca!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A um Amigo.



Lembras-te quando trocávamos música e falávamos do que achávamos acerca deste ou daquele intérprete? Claro que sim! Foste um professor com P embora detestasses que te chamasse esse nome. Bem, mas estou aqui para te contar uma coisa. Sei que para ti não é novidade, mas para mim, acabou por ser, uma vez que andei durante muito tempo afastada de alguns campos musicais pelas mais variadas razões. Então, vamos ao que interessa. Também te lembras de me mandar um trecho musical e me dizeres “embrulha-te”? Pois desta vez, não fui eu que me embrulhei nela, a música, mas o contrário. Meses atrás, ao ver um programa na televisão, dei por mim a achar que reconhecia qualquer coisa na música de fundo. Qual faro de cão, apurei o ouvido e achei que só poderia ser Ludovico Einaudi. Não porque a conhecesse, até pensei que seria algo novo, mas pelo seu estilo musical, pelo conteúdo repetitivo, ou por outra coisa qualquer que o meu subconsciente me dizia.  Acto imediato, fui procurar, no que aqui tinha, qual era a composição.  Mas, nada! Passei ao YouTube. Percorri a discografia, ouvi algumas, mais do que devia, devo dizer e, pensei. Enganei-me! Mas, algo me dizia que não estava enganada e, no dia seguinte mergulho de novo na pesquisa. Nada! Desisti. Pensei que se tivesse razão, iria encontrar. E não é que não me tinha enganado?! Aqui está ela com todo o seu esplendor. Descoberta hoje mesmo. Resultou somente de ir passando faixas, ouvindo, voltando atrás, passar para outra e, de repente… fez-se luz!
E, mais uma vez, me lembrei de ti. Daquele que percebeu, o único que percebeu, o que queria dizer, quando falava em “ouvir a música por dentro”. Amigo, foste embora, foi horrível durante muito tempo, continua  a doer, mas  já vou ouvindo o que ouvíamos e ‘discutíamos’ e o ouvido para a ‘coisa’ continua cá, embora, durante muito tempo, tenha pensado que essa minha característica tinha, também, desaparecido.


BOA SEMANA!

sábado, 6 de junho de 2020

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dia Mundial do Ambiente.


No Dia Mundial do Ambiente, não escolhi algo dos dias de hoje, mas sim um apontamento de quem, como brilhante cientista, e preocupado com o planeta terra e o ambiente proporcionado pelos seus habitantes, há anos largos, tudo fez para alertar consciências, através do seu programa "Cosmos" (e não só).
Uma homenagem pois, a CARL SAGAN, neste dia que pretende alertar para os problemas de que tanto falou.

A música de fundo é do pianista italiano, Ludovico Einaudi. Também ele, usou o seu trabalho para alertar consciências que tardam a evoluir.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Alterações da vida - II

Fotografia minha. Pôr do Sol. Seixal.

Dos comentários ao meu anterior 'post' retirei ideias que me fizeram ‘eco’ e que,  porventura, nunca dei a importância devida. Ou, talvez já as tenha pensado mas, a vivência  sempre ‘alucinante’, com os mais diversos estímulos a que temos que responder, acaba por nos dar uma perspectiva algo desordenada. O que acho mais interessante é que todos os que aqui passaram e deixaram comentário, cada um por si, nas suas mais variadas percepções, largaram uma semente de pensamento que me fez equacionar aspectos da existência. Desde o questionamento ao reconhecimento, até à constatação de factos como os comentários.

A Elvira, por exemplo, deixou estas palavras: 
“ Nada há mais continuo do que o nascer do sol todos os dias e no entanto nunca é igual.
As coisas mudam, as pessoas mudam, a vida muda, e por isso nunca é igual, ou não seria uma continuidade, mas uma repetição.

Ora, de facto, a vida, não é uma repetição, mas sim, supostamente, uma evolução. Pode-se considerar nesta evolução, os nossos comportamentos repetitivos,  adquiridos ao longo de uma vivência marcada pelos mais variados factores, mas somente esses. A vida pode ser moldada em função da insistência neles ou não, dependentemente das circunstâncias. Sendo que a percepção da realidade, também varia em função da forma como a olhamos.

A TODOS, sem excepção, que passaram, deixo o meu MUITO OBRIGADA! A comunicação saudável, é feita desta forma.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Alterações da vida.

Fotografia minha. Ponte Romana. Chança. Alentejo.

Ao deambular pelos meandros da blogosfera, encontrei algumas informações sobre a monitorização de um blogue, onde se enquadravam questões como, a necessidade e importância da divulgação do mesmo e, entre outras coisas, a motivação correcta para criação de um blogue. Dei comigo a pensar nas palavras 'motivação correcta'. Existe uma razão concreta para estes pontos chave e sei qual é. Mas, talvez, não se enquadrem em mim. Quando iniciei este blogue, depois de muito pensar, tinha como ponto de partida, um anterior existente e, a expectativa de ser uma continuidade. Contudo, tenho percebido, que essa continuidade é inexistente, pelo menos nos termos em que o outro se enquadra. Muito tempo passou entre a ausência no anterior e, a abertura deste. Sendo que nesse espaço, as circunstâncias de vida, provocaram uma  alteração na visão da realidade. Ou seja, quem escreveu no anterior blogue, 'não é a mesma pessoa' que escreve neste. Com isto, concluo, que o discurso não pode ser o mesmo, logo, não pode haver uma continuidade. Ou, a haver,terá obrigatoriamente diferenças. 

Esta reflexão, levou-me a recordar uma frase que há muito conheço, mas que nunca me fez tanto sentido.   

"A mesma água nunca passa duas vezes por baixo da mesma ponte"


BOA SEMANA!