quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Novo ciclo.

Fotografia minha. Terreiro do Paço. Lisboa.

 

Deixamos 2020 e entramos em 2021. Um novo ciclo se inicia, deixando para trás um ano histórico pelas piores razões. Mas, há que seguir em frente com esperança e sonho.

O Hino à Alegria, de Beethoven ( 9ª Sinfonia), tocado e visto de forma diferente:



 
BOM ANO PARA TODOS!


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Ao meu Pai.

Fotografia minha.


"A saudade, mais do que a tristeza pela ausência, é a vontade da presença."

Helena Sacadura Cabral


E, digo eu, apesar de todos os defeitos e virtudes, porque não é a morte que nos faz a nós, humanos, santos, foste notado pela grande ausência.


 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Feliz Natal.

 

Fotografia minha. Lisboa. 2020.

As minhas desculpas pela ausência. Espero conseguir voltar num curto espaço de tempo.


FELIZ NATAL A TODOS!



quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Experiências.


 

Não vamos aqui falar propriamente de Ludovico Einaudi, mas sim, fazê-lo passar como um tradutor de mensagens captadas e traduzidas para o registo musical.

Segundo as suas palavras " A música tem o grande poder de fazer-nos sentir menos sós e mais inspirados."

Como amante de música, tendo  a encontrar em geral e, para as que me fazem "eco" em particular, explicações sobre o que pretende o compositor deixar transparecer, podendo as mesmas, ter origens em emoções, imagens mentais, sensações, etc. Posso não captar a mensagem segundo a mesma perspectiva, mas sei que  algo o levou a compor daquela forma. Esse é um exercício que nem todos fazemos, nem temos que fazer, mas que é endógeno em mim.

Quando, por mero acaso, este video me surgiu, fiquei maravilhada pelo conteúdo e, de alguma forma, boquiaberta pelo facto de, sem o saber e sem dar qualquer importância, ter sido assertiva na interpretação.

Não vou obrigar ninguém a ouvir tudo. Deixo somente a informação que me pareceu pertinente, sabendo que se tratam de quatro músicas que sempre me fascinaram e que o vídeo está dividido em capítulos, tratando cada um de uma única música. 

 1 - WALK - Algo de fantástico e que deixa transparecer uma criatividade emocional fabulosa.

2 - ELEGY FOR THE ARTIC ( 4m, 48s) - Uma peça linda e que sempre me fascinou. Durante a música, seguindo uma escala grave e descendente, o glaciar desmorona-se, quase como uma resposta da natureza. Sabendo que o som se propaga por ondas, e dada a sua intensidade, era de alguma forma normal, que o gelo pudesse dar de si, mas, estamos a falar de um glaciar, logo, supus que tivesse sido feita uma montagem, ou que a minha imaginação estivesse a fluir demasiado. Afinal....

Podem ver o vídeo original aqui.

3 - NUVOLE BIANCHE ( 10m, 35s) - Embora sabendo o significado do título da composição e os seus acordes me levassem a essa representação, a explicação de L.E. é deliciosa.

4 - EXPERIENCE (15m 32s) - Segundo L.E. a música está estruturada com base na rotação de três acordes, como um mantra, criando um efeito ascendente/descendente. Ouvi esta composição vezes sem conta, até perceber o que pretendia transmitir. O violino tem uma grande importância porque é ele que impõe a "ondulação", sendo que, do minuto 5 para a frente, é notória a quase pausa descendente veiculada pelo piano, seguida de notas enfáticas de ascendência e descendência.

Original aqui.


BOA SEMANA!


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Pensamentos.

Fotografia minha.

 Esta fotografia foi tirada não pela simbologia, mas pela beleza que dela emanava na altura. Lembro-me que, comigo, estava uma amiga que acendeu e colocou neste local, a sua luz e as suas orações, estando eu, como mera observadora.

Gosto da luz da vela, mas somente como algo "vivo", que tem movimento e se transforma. Pagar para deixar um objecto destes numa igreja, não me faz sentido.

Costumo dizer que sou católica porque o quiseram, visto que me batizaram. Quando criança, ainda fiz alguns passos como católica. Não porque me obrigassem. Assim, as duas comunhões que fiz - hoje sei - nada mais foram que acontecimentos próprios da idade e que, na possibilidade de fazer o que os pares faziam, pois claro que queria pertencer ao grupo. Meus pais sempre deixaram que a vida, nesse aspecto, prosseguisse com naturalidade. 

E, assim foi, até que um dia quis fazer parte de um encontro de jovens católicos. Com consentimento de ambos, lá fui. Não sem uma chamada de atenção do meu Pai, que me disse para ir, mas que achava que não seria o meu género (sem mais palavras).

Fui ao encontro e, dou comigo, no meio de uma multidão que se abraçava e chorava e, mais uma vez, observei, tentei perceber, mas não consegui. Óbviamente, não cheguei ao fim do encontro. Outras circunstâncias aconteceram que me afastaram ainda mais da igreja e sua filosofia. Olhando para trás, não percebo como o meu Pai, tolerou as palavras, para mim, obscenas, aquando do funeral do meu avô materno. Por minha parte, saí, por respeito ao meu avô que esse sim, era merecedor de tal.

Este palavreado todo para dizer que percebo e respeito quem acredita e é crente. Sofre menos, na minha perspectiva. Hoje, o meu Pai já cá não está e, nem através de uma vela numa igreja, consigo ficar mais perto dele, ou tolerar melhor este buraco negro que a sua ausência provoca.