Palavras e notas musicais.

Fotografia tirada por mim.


"Uma palavra é como a nota que procura outras para um acorde perfeito."

Eugénio de Andrade

Escada sem corrimão.

Fotografia minha. Castelo dos Templários e Convento de Cristo, Tomar.

ESCADA SEM CORRIMÃO

É uma escada em caracol

E que não tem corrimão.

Vai a caminho do Sol

Mas nunca passa do chão.

Os degraus, quanto mais altos,

Mais estragados estão,

Nem sustos nem sobressaltos

servem sequer de lição.

Quem tem medo não a sobe

Quem tem sonhos também não.

Há quem chegue a deitar fora

O lastro do coração.

Sobe-se numa corrida.

Corre-se p'rigos em vão.

Adivinhaste: é a vida

A escada sem corrimão.

    David Mourão- Ferreira

Como pode a vida ser uma escada sem corrimão? Pode!

Por vezes a queda é tal que esquecemos quem somos. Continuamos a viver, ou a sobreviver -  porque o instinto de sobrevivência é das últimas características a desaparecer no ser humano – muitas vezes tempos infinitos, até que algo ou alguém, nos abre uma janela por onde olhamos incrédulos, e percebemos que não fomos nós a passar pelo tempo, mas o tempo a passar por nós.

Que fazer? Tentar subir, novamente, a escada sem corrimão (aqueles que conseguem), sabendo desta vez que não existe amparo, mas tendendo a esquecer a ausência dele.

Poema retirado de A Kind of magic II.

Saudade!

25 de Abril

Fotografia tirada em 2019 no Largo do Carmo.

Tirei esta fotografia porque me identifiquei. Em 1974, teria a idade que esta criança aparenta. De pouco me lembro. A única memória, digna desse nome, foi terem desaparecido, de um dia para o outro das paredes da escola primária, as duas fotografias que nos observavam acima do quadro de ardósia. 

A consciência da verdadeira realidade veio muito depois!

Histórias e agradecimentos.

Foto minha.

Gosto deste meio, ambiente, blogosfera, o nome  que lhe queiram dar, porque é, para mim, uma forma de conhecimento, aprendizagem, reflexão, recordação, etc… e o retorno é, normalmente, caloroso e sincero.

A minha história, resume-se tão pouco a uma necessidade de permanecer escrevendo para não perder a prática de anos a estudar, escrever e olhar para outros horizontes. Aqueles que gostava e continuo a gostar.

Percorri um “ A Kind of Magic “, que passou para “  A Kind of Magic II “ ( já não me lembro porquê) até  2011. Em todo este caminho de anos, foi extremamente gratificante o contacto por palavras. No fundo, a comunicação! A partilha foi muita e excelente, com risos e lágrimas, também.

Mas a vida costuma dar voltas que não esperamos – quem não passou já por isso- e afastei-me, ao ponto de pensar já não existir nada do que fiz.  Por mero acaso, passados tantos anos, passei pela Dona-Redonda (https://dona-redonda.blogspot.com/) e comentei, confesso, a medo, pois não esperava que se lembrasse. Mas, não só se lembrou, como me incentivou a “andar”.

Através dela descobri que ainda conseguia visualizar o “A Kind of Magic II”! Que alegria!!

Já com outro blogue, por onde reiniciei, pensava eu, uma nova travessia, aparece o ‘Sr.’ Repórter (https://vidassem.blogspot.com/) reivindicando, e muito bem, os direitos de autor do seu blogue. Onde tinha eu ido parar??? Direitos de autor??? Onde fui cair, perguntava a mim própria. Nada como resolver a situação imediatamente. Desta vez, foram os dois a ajudar e incentivar. O problema foi resolvido!

Mas, nos bastidores, vozes mais altas se levantaram e fui devidamente aliciada a continuar com o “A Kind of Magic II” e, na impossibilidade, a criar outro.  Foi o ‘Sr’ Repórter o “culpado”, com o meu consentimento. Emergiu assim o “A Kind of Magic III”!!

Tenho dúvidas que atinja o patamar que atingiu o anterior, mas não há como não tentar.

OBRIGADA a todos os que contribuíram,  e contribuem,  para esta avalanche de sentimentos que assolam após tanto tempo.

A fotografia que vos deixo, como podem ver, é de algo bastante antigo, mas que sempre me acompanhou. Fazia/ passou a fazer parte,  dos meus “pertences” no reino da blogosfera. O pó está limpo e as folhas amarelas surgem porque nunca as retirei. Devem ter ‘tesourinhos’ que ainda não vi. J

(RE)COMEÇO

Foto minha - Parque dos Poetas.

O renascer de um "AMIGO" que fez muitos AMIGOS!