Fotografia minha. |
Esta fotografia foi tirada nos anos 70, onde figuro eu com a
touca vermelha que, decerto, barafustei para usar, meus pais e minha irmã, aquela figura
pequenina que mais parece uma bolinha. Todos crescemos e todos evoluímos, cada
um à sua maneira.
Este senhor foi um líder nato, virado para o mundo das Leis,
as quais absorvia como se fossem água. Lutador árduo contra a corrupção, dizia
e comentava, aquilo que achava por bem, virando nos últimos anos de trabalho
muita gente contra si. Adorava o mar e a família. Foi o companheiro das mais
variadas brincadeiras, algumas delas bastante rufias, e por outro lado, era o
Pai de Família, por vezes, bastante rígido. A ele tenho que agradecer a preparação
para o confronto com a morte de entes queridos, frontalmente e com palavras
assertivas.
Contudo, este mesmo Senhor, era um Ser Humano e, com ele, também as fragilidades se faziam sentir, sem que a resposta fosse sempre
adequada.
Faz hoje um ano, Pai, Zé, Zézinho, seja qual fôr o nome que
usava para a ti me dirigir, não me avisaste, contrariamente a todas as outras
vezes em que não sabias se ficavas ou partias. Desta vez, estavas em casa, como
todos os dias e, deixaste-nos, de forma abrupta, sem teres culpa nenhuma. No
teu lugar ficou…nada! E é esse nada que teima em não ser interiorizado.
Alexandra,
ResponderEliminarAs perdas mais sentidas, são daquelas pessoas que nós mais amamos.
Perder mãe e pai, seja em que idade nós filhos estivermos, é perder o solo onde caminhamos... É o último estágio da dor de uma pessoa. Já o contrário, até os mais espiritualizados ainda não encontraram uma palavra para definir a dor do coração partido (de pai e mãe), quando perde um filho.
Um abraço e cuide-se bem!!!
Ficam as as boas memórias (em especial). O sentimento não desaparece, mas a mente "habitua-se" e reduz o sofrimento pela perda...
ResponderEliminarLamento muito a saudade contida no seu belo e sentido texto, lamento pela dor, pela tristeza e muito provavelmente pelo sentimento de abandono.
Um beijinho
Dói muito e a saudade perdura.
ResponderEliminarUm abraço, Alexandra.
Muito bem. As recordações são sempre boas. As más não vale a pena! :)
ResponderEliminar-
Que a tempestade passe, o sol volte a brilhar
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Beijo e um dia feliz
Tempos que não voltam mais. Tempos que deixam saudade e sabem tão bem recordar.
ResponderEliminar.
Abraço… Cuide-se
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Alexandra, senti em cada palavra sua, muito orgulho pelo seu pai e uma saudade muito profunda.
ResponderEliminarComovi-me porque sei o que sente, já não tenho os meus pais, partiram com um intervalo de dois anos. Sinto todos os dias a falta deles.
Uma ausência que fica em nós para sempre!
Um abraço apertado e solidário.
Fê
As perdas são difíceis de superar, deixam um vazio insubstituível.
ResponderEliminarForça e, que as melhores memórias a alegrem.
A mi padre el cáncer de páncreas lo llevo en un mes y a mi madre año y una semana mas tarde aunque con alzhéimer se nos fue sin avisar. Ese día tenía consulta y cuando me llamaron del geriátrico pensé era para recordarme.
ResponderEliminarSaludos.
Uma data que nunca se esquece, um sentimento de perda que permanece toda a vida, mas que o tempo vai amenizando aos poucos. Perdi o pai em 2009, a mãe em 2011. Continuo a sentir muito a sua falta e a lembrá-los com saudade, mas a dor não é a mesma dos primeiros anos.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Já perdi pai (1997, sem tempo para despedida) e mãe (2017).
ResponderEliminarNem um só dia passa sem que os recorde com imensa saudade.
No início culpava-me por não os ter beijado e abraçado mais, de lhes dizer que os amava muito. E isso mortificava-me. Os anos passaram, aceitei e acalmei. Percebi que eles continuam vivos no meu coração.
Alexandra, no lugar do seu pai ficaram as memórias. Procure-as.
Beijo, boa semana.
Um post que muito me sensibilizou... tanto mais que o meu pai se foi bem cedo!... E a minha mãe, já protagonizou diversos e variadas possibilidades de um adeus súbito... uma delas, com direito a uma surreal descrição de se ver "de cima", em que descreveu tudo perfeitamente, no cenário à volta... e que encaixou perfeitamente nos relatórios do seguro, relacionando com um seu atropelamento, quando mais tarde chegaram... isto já há uns bons anos atrás... mais recentemente... são os seus problemas cardíacos e respiratórios, que a qualquer momento... se podem agravar, por qualquer razão...
ResponderEliminarUm dia, quero crer que todos nos encontraremos de novo... algures... sob outras formas, talvez... e noutros contextos... nada se perde... tudo se transforma... e também as formas de amor, que se nos manifestam, quero crer...
Por enquanto... resta-nos o consolo das boas recordações!...
Beijinhos!
Ana