Fotografia minha. |
Esta fotografia foi tirada não pela simbologia, mas pela beleza que dela emanava na altura. Lembro-me que, comigo, estava uma amiga que acendeu e colocou neste local, a sua luz e as suas orações, estando eu, como mera observadora.
Gosto da luz da vela, mas somente como algo "vivo", que tem movimento e se transforma. Pagar para deixar um objecto destes numa igreja, não me faz sentido.
Costumo dizer que sou católica porque o quiseram, visto que me batizaram. Quando criança, ainda fiz alguns passos como católica. Não porque me obrigassem. Assim, as duas comunhões que fiz - hoje sei - nada mais foram que acontecimentos próprios da idade e que, na possibilidade de fazer o que os pares faziam, pois claro que queria pertencer ao grupo. Meus pais sempre deixaram que a vida, nesse aspecto, prosseguisse com naturalidade.
E, assim foi, até que um dia quis fazer parte de um encontro de jovens católicos. Com consentimento de ambos, lá fui. Não sem uma chamada de atenção do meu Pai, que me disse para ir, mas que achava que não seria o meu género (sem mais palavras).
Fui ao encontro e, dou comigo, no meio de uma multidão que se abraçava e chorava e, mais uma vez, observei, tentei perceber, mas não consegui. Óbviamente, não cheguei ao fim do encontro. Outras circunstâncias aconteceram que me afastaram ainda mais da igreja e sua filosofia. Olhando para trás, não percebo como o meu Pai, tolerou as palavras, para mim, obscenas, aquando do funeral do meu avô materno. Por minha parte, saí, por respeito ao meu avô que esse sim, era merecedor de tal.
Este palavreado todo para dizer que percebo e respeito quem acredita e é crente. Sofre menos, na minha perspectiva. Hoje, o meu Pai já cá não está e, nem através de uma vela numa igreja, consigo ficar mais perto dele, ou tolerar melhor este buraco negro que a sua ausência provoca.
A Fé é algo muito especial. Ou se tem ou não faz qualquer sentido. Fui batizada com 20 dias, mas não tive nenhuma formação católica em criança. Não havia nenhuma igreja perto de onde vivíamos. Já adulta fui trabalhar para Lisboa e conheci o Padre César da congregação dos Irmãos Maristas, e através dele comecei a conhecer o credo em que meus pais me batizaram. Uns anos mais tarde tive uma crise de fé em que comecei a por tudo em causa. Estive mais de trinta anos afastada da Igreja. E depois no início do século deu-se o clic e a minha fé voltou muito mais forte, mais adulta.
ResponderEliminarEnfim cada uma acredita no que acredita e só temos que nos respeitar uns aos outros.
Abraço e saúde
Acreditar ou não acreditar eis a questão.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
A Fé, ou se tem ou não vale a pena fazer de conta.
ResponderEliminarE quem a tem, é livre de expor as suas crenças da forma que achar mais conveniente, desde que não interfira na liberdade (de pensamento) de terceiros.
Velas sim mas em casa. Cada uma com a sua intenção, com cores diversas consoante os chacras.
Há muito para dizer (e pensar) sobre a questão.
Um abraço, Alexandra.
A maioria das pessoas diz-se católica, porque foi batizada, fez 1ªe 2ª comunhão e sempre ouviram a mesma "lengalenga" lá em casa. Os pais também já a tinham ouvido. Enfim, tradições…
ResponderEliminarA fotografia está vistosa. Nada mais sinto nela que isto.
Quando quiser, apareça lá na minha "casinha" blogosférica. Obrigada!
Abraço e resto de boa semana, Alexandra.
Vim retribuir a visita e gostei do que vi e li.
ResponderEliminarIdentifiquei-me com o que escreveu, presumo que seja jovem (;
Mas agora na fase mais tardia da minha vida encontrei na fé, não na igreja ou religião em si, a força e a luz que antes não via.
Um beijinho
Fê
É um texto que eu seria capaz de escrever no sentido de que me identifico com o que aqui está dito e sentido. É um texto com grande sentimento. Concordo que num sentido estético, a fotografia ficou incrível.
ResponderEliminarDeixo um beijo e os votos de uma semana tranquila
Decir que tu forma de ver la vida no es ni mejor ni peor que la de cualquier otra persona. Yo lo practico a mi manera y como veras visito las iglesias de los lugares que visito mas que nada por su interés artístico.
ResponderEliminarAquí el gobierno quiere sacar una nueva ley de educación en la que la asignatura de religión no la dan la importancia que las matemáticas, por decir una asignatura, y están poniendo el grito en el cielo no solo el clero también algún grupo político.
Saludos.
Respeito a abordagem de cada pessoa, pois cada uma tem o seu próprio caminho.
ResponderEliminarComecei a acreditar em Algo que nos transcende porque muitos acontecimentos na minha vida me levaram a isso. Só que não me incorporo em nenhuma religião nem necessito de mediação entre mim e o divino.
Abraço com voto de excelente Dezembro :)
impressive message....thank you for sharing.
ResponderEliminarHave a wonderful day.
Estive agnóstica por mais de vinte anos, porém,
ResponderEliminarsempre gostei do Natal e festejei-o
Voltei, mas ainda tenho muitas dúvidas.
Boa semana, tudo pelo melhor. Beijinho
~~~~~~
Por norma, só entro numa Igreja, quando a mesma está vazia...
ResponderEliminarSou agnóstica... como já alguém disse... acredito no Deus que criou os homens, e não no Deus, que os homens criaram... embora tenha sido baptizada, o meu pai sempre me disse para manter uma mente aberta, sobre o tema... pois em matéria de religião... raramente o que parece, de facto, o é!... Muitos preceitos... que facilmente são esquecidos, por quem supostamente, deveria dar exemplos... com tantos casos acobertados... desde o Vaticano, à mais simples paróquia... porque ninguém... na verdade, é santo!... Assim é a condição humana... com mais defeitos do que virtudes!...
Mas adorei a foto!... Tenho uma no género... já publicada em tempos... e outra ainda por publicar...
Beijinhos
Ana