Fotografia minha. Castelo dos Templários e Convento de
Cristo, Tomar.
É uma escada em
caracol
E que não tem
corrimão.
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do
chão.
Os degraus, quanto
mais altos,
Mais estragados estão,
Nem sustos nem
sobressaltos
servem sequer de
lição.
Quem tem medo não a
sobe
Quem tem sonhos também
não.
Há quem chegue a
deitar fora
O lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em
vão.
Adivinhaste: é a vida
A escada sem corrimão.
David Mourão-
Ferreira
Como pode a vida ser uma escada sem corrimão? Pode!
Por vezes a queda é tal que esquecemos quem somos.
Continuamos a viver, ou a sobreviver -
porque o instinto de sobrevivência é das últimas características a
desaparecer no ser humano – muitas vezes tempos infinitos, até que algo ou
alguém, nos abre uma janela por onde olhamos incrédulos, e percebemos que não
fomos nós a passar pelo tempo, mas o tempo a passar por nós.
Que fazer? Tentar subir, novamente, a escada sem corrimão
(aqueles que conseguem), sabendo desta vez que não existe amparo, mas tendendo
a esquecer a ausência dele.
Poema retirado de A Kind of magic II.
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A vida pode ser uma escada sem corrimão e com altos e baixos.
ResponderEliminarCaímos, logo nos levantamos.
A força está dentro de nós.
Abraço
A vida tem altos e baixos. Um dia sobe-se, outro desce-se. Muitas vezes de forma trémula, cansada, mas sempre decidida. Por isso, o poeta, catalogou a vida como sendo uma escada sem corrimão
ResponderEliminarCuide-se...Proteja-se
"Como pode a vida ser uma escada sem corrimão?"
ResponderEliminarSe pensar bem, Alexandra, é pela sua imprevisibilidade que a vida é tão aliciante e preciosa. Se tivesse corrimão, não passava dum sensaborão passar de dias, com tudo a condizer com o traçado pela régua e esquadro.
Um beijinho :)